Em discurso de posse, novo ministro do Turismo, Gilson Machado (PSC), diz que é ‘empregado do pessoal que gera emprego e renda’, volta a criticar lockdowns – medida restritiva de aglomerações para evitar a contaminação pelo coronavírus -, e diz que o Brasil ‘foi exemplo na América Latina em manutenção de empregos’ [1]. Em nova investida contra precauções sanitárias para frear o avanço da pandemia no país, Machado afirma que o turismo brasileiro ‘não aguenta uma decretação de 2º lockdown’ [2]. A fala do ministro acontece no dia em que o Brasil tem um aumento de 68.832 mil novos casos e volta a marcar mais de mil mortes diárias pela doença [3]. Vale lembrar que essa não é a primeira vez que o governo federal defende medidas que priorizem atividades econômicas durante a pandemia: em outras oportunidades, o próprio ministro já tinha recusado novos lockdowns no país, e fez apelo às autoridades municipais e estaduais para que não fechassem o turismo, em ‘especial no período de natal’ [veja aqui]; o presidente, Jair Bolsonaro, já se declarou contrário ao isolamento social [veja aqui], disse que a medida foi ‘inútil’ no Brasil [veja aqui], e minimizou o vírus [veja aqui]. E também, no início da crise sanitária, o governo federal, incompatível com as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), promoveu o slogan ‘o Brasil não pode parar’ [veja aqui].
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