Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro cometeu ao menos 05 atos contra recomendações médicas e sanitárias na terceira semana de janeiro, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como na semana [veja aqui] e no mês [veja aqui] anteriores, o presidente da República, Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 15/01, o presidente fez publicação em rede social para exaltar o ‘tratamento precoce’ contra a covid-19, sendo apontada como enganosa pelo Twitter [veja aqui]. No mesmo dia, em conversa com jornalistas, disse que o governo fez sua parte ante o colapso sanitário em Manaus [veja aqui] e que o ‘tratamento precoce’ deveria ser usado: ‘o médico pode receitar o tratamento precoce. Se o médico não quiser, procure outro médico’ [1]. Mais tarde, deu entrevista à rádio Jovem Pan, e afirmou que ‘não tem por que ter esse trauma todoa apenas preocupado com a covid’ e que o distanciamento social causaria ‘muito mais morte’ do que o vírus [veja aqui] [2]. Em 18/01, o presidente voltou a criticar a vacina produzida pelo Instituto Butantan a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada [veja aqui] e, em vídeo publicado no canal de Telegram de seu filho e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), ele recomendou que os cidadãos ‘não desistam’ do ‘tratamento precoce’ e que desconfiem da vacina: ‘se jogar uma moedinha para cima, é 50% de eficácia’ [3]. A defesa presidencial do ‘tratamento precoce’ é constante [veja aqui],bem como a desconfiança de vacinas [veja aqui]. Entre 15/01 e 21/01, o número de infectados pela covid-19 no país subiu de mais de 8,3 milhões [4] para mais de 8,6 milhões [5] e as mortes atingiram o patamar de mais de 214 mil pessoas [6], segundo dados do consórcio de veículos da imprensa.

Leia pesquisa sobre a gestão pública durante a pandemia no país e sobre ‘estratégia institucional’ do governo para propagar o vírus

21 jan 2021
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