Presidente Jair Bolsonaro chama jornais de ‘fábrica de fake news’ e diz que o ‘certo’ seria tirar de circulação Globo, Folha de São Paulo, Estadão e O Antagonista [1]. Na fala, Bolsonaro também critica o Facebook que, segundo o presidente, está proibindo o envio de imagens em páginas de conteúdo político [2]. O presidente afirma que acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para que investigue o suposto bloqueio imposto pela plataforma e fala em tributar as redes sociais [3]. Alguns dias antes, o presidente solicitou a seus apoiadores que lhe enviassem fotos de notas fiscais com os valores pagos no abastecimento de seus veículos – o que, segundo ele, teria o objetivo de fiscalizar abusos nas tributações estaduais dos combustíveis [4]. O novo ataque de Bolsonaro à imprensa se soma a outros episódios, como, quando já reiteradas vezes se negou a falar com jornalistas porque ‘a mídia inventa tudo’ [veja aqui], acusou emissora de ‘deturpar’ os fatos e chamou-a de ‘lixo’ [veja aqui]; defendeu boicote à mídia e atacou, diretamente, a jornalista Vera Magalhães [veja aqui]; mandou, em tom agressivo, repórteres calarem a boca e se negou a responder perguntas referentes a suposta interferência na Polícia Federal [veja aqui], ao ser questionado sobre o ‘caso Queiroz’ [veja aqui]. Nesse sentido, relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) demonstra crescimento superior a 105% da violência contra jornalistas no ano de 2020 [5] e 245 ataques à imprensa só no primeiro semestre de 2020 [veja aqui].