Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Em discurso na ONU, Ministro das Relações Exteriores critica medidas de combate ao coronavírus e sugere restrição inadequada de liberdades na pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

O ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, faz discurso [1] na 46ª sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas (ONU) e critica medidas de combate à pandemia, por restringirem liberdades individuais [2]. Segundo Araújo, ‘sociedades inteiras estão se habituando à ideia de que é preciso sacrificar a liberdade em nome da saúde’ [3]. Ele também afirma que o Brasil seguiria na luta em defesa da democracia e da liberdade e, embora não critique medidas de lockdown, não se pode ‘aceitar um lockdown do espírito humano, o qual depende da liberdade e dos direitos humanos para exercer-se em sua plenitude’ [4]. O ministro também critica o que chama de ‘tecnototalitarismo’, que seria a censura, vigilância e ‘criação de mecanismos de controle social’ por plataformas [5]. No mesmo evento, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, profere discurso em tom semelhante ressaltando que o país adota medidas de proteção às minorias vulneráveis e que segue na defesa ‘da família e da vida, desde a concepção’ [6] [veja aqui]. Em janeiro deste ano, Araújo defendeu o presidente Donald Trump, que incitou manifestação golpista no Capitólio e foi posteriormente banido de rede social [veja aqui]. Em abril do ano anterior, ele comparou o isolamento social a campos de concentração nazistas [veja aqui].

Saiba mais como repercutiu no cenário internacional os discursos do Brasil na ONU

22 fev 2021
Mês Filtros