Como no mês [veja aqui] e na semana [veja aqui] anteriores, o presidente Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 16/04, afirmou para apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, que pretende ser ‘o último’ a tomar a vacina da covid-19 [1]. O presidente já poderia ter recebido a dose do imunizante no Distrito Federal desde o início deste mês, mas optou por não fazê-lo [2]. No dia 17/04, Bolsonaro promoveu aglomeração na cidade de Goianápolis (GO), momento em que, de acordo com levantamento da imprensa, apertou aproximadamente 144 mãos antes de segurar um bebê no colo, sem o uso de qualquer proteção recomendada pelas autoridades sanitárias [3]. Em 18/04, afirmou, através das redes sociais, que o Brasil é o país com maior tempo de fechamento das escolas e instituições de ensino no mundo, e responsabilizou os prefeitos e governadores pela situação [4]. Diante do risco de contágio do vírus em ambientes de ensino presencial, a decisão de fechamento dessas instituições é medida adotada em todo país desde o ano passado [veja aqui]. Em 20/04, durante evento com lideres evangélicos na cidade de Anápolis (GO), Bolsonaro insinuou que os números de mortes decorrentes da covid-19 não são verdadeiros, e que ‘muito óbito foi colocado ‘suspeita de covid’ para inflar números e pressionar a população contra o nosso governo’ [5]. Entre 15/04 e 21/04, o número de infectados pela covid-19 no país subiu de 13.758.093 casos [6] para 14.122.116 [7], o país registrou uma média móvel de mortes que alcançou 2.787 por dia, e as mortes atingiram a marca de 381.687 óbitos desde o início da pandemia, de acordo com dados do consórcio de veículos da imprensa [8].
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