Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Legislativo
Nível
Federal

Eduardo Bolsonaro xinga parlamentares mulheres

Tema(s)
Gênero e orientação sexual
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

O deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ofende deputadas da Comissão Constitucional de Justiça (CCJ) ao dizer, em rede social, que ‘parece, mas não é a gaiola das loucas, são só as pessoas portadoras de vagina na CCJ sendo levadas a loucuras’ [1]. A fala do deputado gera revolta nas deputadas da Comissão e, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) informa que irá levar o caso para o Conselho de Ética da Câmara para que a fala seja considerada como crime comum [2] [3]. Em 13/04, os partidos PT, PSB, PDT, PSOL e PCdoB, além de 21 deputadas federais, protocola pedido de abertura de processo no Conselho de Ética, alegando que a fala do deputado foi ‘misógina’ e ‘desrespeitosa’, e pedem a cassação do mandato de Eduardo [4]. A secretaria da Mulher da Câmara também se manifesta, através de nota de repúdio, assinada pela deputada Dorinha Seabra (DEM–TO) [4] [5]. A atitude machista do deputado não é isolada – diversos membros do governo Bolsonaro já fizeram declarações no mesmo sentido [6]. Em outubro de 2019, a deputada Joice Hasselmann protocolou representação contra ele por ofensas, inclusive relacionadas à aparência [veja aqui]. A representação foi arquivada tempos depois [veja aqui]. Ainda, em março de 2021 o deputado foi condenado a indenizar jornalista Patrícia Campos Mello por ofensas relacionadas ao gênero da jornalista [7].

Leia análises sobre a misoginia na política e sobre as consequências do machismo estrutural no Brasil.

08 abr 2021
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