Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Novamente, Bolsonaro chama o Exército de ‘seu’ e comete ato contra as recomendações médicas e sanitárias

Tema(s)
Distanciamento social, Forças Armadas
Medidas de estoque autoritário
Redução de controle e/ou centralização

O presidente Jair Bolsonaro afirma que o Exército brasileiro representa estabilidade para toda a população e agradece ao ‘meu exército brasileiro, o qual ainda integro’ por este momento; o presidente afirma que tem certeza que juntos – ele e o Exército – vencerão os desafios e que ‘colocaremos o Brasil no local de destaque que ele bem merece’ [1]. Essas afirmações são pronunciadas durante a cerimônia de promoção de oficiais generais do Exército, que é acompanhada também do vice-presidente Hamilton Mourão, do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e do ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, os quais cumprimentam no Palácio do Plananto militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que foram promovidos em março [2]. O presidente Bolsonaro, contrariando as recomendações sanitárias em um dos momentos mais graves da pandemia covid-19, cumprimenta com aperto de mão e sem a utilização da máscara de proteção os 57 militares promovidos [3]. Em março deste ano, Bolsonaro já havia se referido ao Exército brasileiro como ‘seu’, oportunidade em que declarou também que não utilizaria as Forças Armadas (FA) para obrigar a população a ‘ficar em casa’ [veja aqui]. O uso da expressão ‘meu exército’ é vista de forma negativa por ser considerado uma ‘tentativa de politizar a instituição’ [4]. No ano anterior, Bolsonaro também disse que as FA estariam prontas para ‘defender a pátria e garantir nossa liberdade’, em referência implícita ao golpe militar de 1964 [veja aqui]. Ressalte-se que semanalmente o presidente realiza atos contrários as medidas sanitárias preventivas contra a covid-19 [veja aqui] e discursos que antagonizam o distanciamento social [veja aqui].

Leia a análise sobre a politização das Forças Armadas no governo Bolsonaro.

08 abr 2021
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