Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro cometeu ao menos 06 atos contra recomendações médicas e sanitárias na primeira semana de maio, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como no mês anterior [veja aqui], o presidente da República, Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 04/05, Bolsonaro atrapalha plano de incentivo à imunização que contava com sua presença tomando a primeira dose da vacina [1]. Porém, o presidente anuncia em live do dia 01/05 que não tomaria vacina [2], e não participa do evento. Em 05/05, em evento no Planalto, Bolsonaro anuncia possibilidade de editar um decreto para ‘colocar as Forças Armadas nas ruas’, indo contra as medidas de segurança tomadas por governadores no combate à pandemia [3] [4]. Em março, Bolsonaro já havia ameaçado a tomar medidas contra as decisões dos governadores em decretar lockdown [veja aqui]. Ainda em 05/05, Bolsonaro levanta a possibilidade de que a covid-19 poderia ter sido criada em ‘laboratório por país asiático’ [5]. A fala repercutiu negativamente e, na noite do dia 05/05, Bolsonaro se justifica, afirmando que não havia citado a China em seu discurso [6]. Em 06/05, ele imita pessoa sofrendo de com falta de ar, como já ocorreu em 18/03 [7], ao criticar discurso do ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, na CPI da covid-19 [8]. Ainda em 06/05, em live transmitida pelas redes sociais, Bolsonaro continua a defender o uso de cloroquina para pacientes da covid-19, diz que os que se opõem ao uso do medicamento seriam ‘canalhas’ e critica a CPI da covid-19 ao afirmar que esta é ‘xaropada’ [9]. Em decorrência dessa fala, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) denuncia o presidente perante o Supremo Tribunal Federal (STF), visando a responsabilização do presidente por incentivar o uso de cloroquina para o tratamento da covid-19 [10]. Em 07/05, Bolsonaro pede a membros da CPI da covid-19 que criticam o uso da cloroquina que ‘não encham o saco’[11]. Entre 03/05 e 09/05, o número de infectados pela covid-19 no país subiu de 14.791.434 [12] para 15.182.219 casos [13] e as mortes atingiram o patamar de 422.418 pessoas [14], de acordo com dados do consórcio de veículos da imprensa.

03 maio 2021
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