Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro cometeu ao menos 07 atos contra recomendações médicas e sanitárias na terceira semana de maio, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como na semana anterior [veja aqui], o presidente da República, Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 15/05, Bolsonaro volta a atacar as medidas de isolamento social adotada por governadores, em discurso realizado sem a utilização de máscara, durante protesto realizado por seus apoiadores do agronegócio [1]. Em 17/05, em conversa com apoiadores do Palácio da Alvorada, Bolsonaro critica novamente o distanciamento social, e chama de ‘idiotas’ aqueles que respeitam as medidas restritivas contra a covid-19 [2] [3]. No dia 20/05, em live transmitida em suas redes sociais, Bolsonaro incentiva novamente o uso da cloroquina, medicamento não eficaz para combate a covid-19, ao afirmar que havia tomado o remédio quando estava com sintomas da covid-19 [4]. Na live, Bolsonaro não cita exatamente a cloroquina, com receio de que a transmissão fosse interrompida: ‘não vou falar o nome para não cair a live. Aquele negócio que o pessoal usa para combater a malária, eu usei lá atrás e no dia seguinte estava bom (…)’ [5]. Em 20/05, Bolsonaro afirma que emprego é ‘tão ou mais importante do que lutar contra o vírus [covid-19]’ [6]. Em que pese o discurso de Bolsonaro, acerca da preocupação com o emprego, atualmente o Brasil vivencia uma alta taxa de desemprego: segundo IBGE, a taxa de desemprego de janeiro a março de 2021 foi de 14,7%, sendo o maior percentual desde 2012 [7]. Nos dias 20/05 [8] e 21/05 [9], em visitas ao estado do Maranhão, Bolsonaro gera aglomeração sem a utilização de máscara, cumprimenta apoiadores e faz paradas em cidades fora da agenda oficial [10]. Em resposta a isso, a superintendência de Vigilância Sanitária do Maranhão autua o presidente por infrações sanitárias [11]. Entre 15/05 e 21/05, o número de infectados pela covid-19 no país subiu de 15.590.613 [12] para 15.976.156 casos [13] e as mortes atingiram o patamar de 446.527 pessoas [14], de acordo com dados do consórcio de veículos da imprensa.

21 maio 2021
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