Presidente Jair Bolsonaro ironiza as manifestações contrárias ao governo, ocorridas no dia 29 de maio [1]. Durante conversa com apoiadores, Bolsonaro afirma que os atos tiveram pouca adesão popular porque ‘faltou erva para o movimento e faltou dinheiro’ [2]. De noite, Bolsonaro volta a falar sobre as manifestações e declara que ‘(…) esses movimentos agora, o último foi sábado ou domingo do PT, ninguém na rua’ [3]. No entanto, as manifestações reuniram milhares de pessoas em mais de 200 cidades do país, abrangendo todas as 27 capitais brasileiras [4]. Os atos reivindicavam a aceleração da vacinação da população, criticavam a gestão do governo Bolsonaro no combate a pandemia da covid-19 e pediam o impeachment do presidente [5]. Ademais, as orientações dos organizadores eram de que os manifestantes usassem máscaras eficientes, prezassem pelo distanciamento social e uso do álcool em gel durante o ato [6]. No Recife, a manifestação foi encerrada após a polícia usar bombas de gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha, uma vereadora foi atacada e dois homens perderam a visão após serem atingidos [veja aqui]. Em reação as manifestações contrarias ao governo, Bolsonaro convoca um ato com motoqueiros em São Paulo no dia 12/06 [7], semelhante ao que ocorreu no Rio de Janeiro [veja aqui]. Movimentos sociais e partidos marcam uma nova manifestação em oposição a Bolsonaro para o dia 19 de junho [8].
Leia sobre a dimensão que as manifestações contrárias a Bolsonaro causaram e ouça quais as consequências desencadeadas com a grande adesão aos atos.