Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Legislativo
Nível
Federal

Depoimentos em CPI confirmam negligência em compras de vacinas e governo federal admite que milhões de testes de covid-19 perderão a validade

Tema(s)
Administração, Negacionismo, Posicionamento político, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

O gerente-geral da Pfizer na América Latina confirma em depoimento à CPI da covid-19 que o governo apenas fechou o contrato de compra de vacinas na sétima proposta de venda [1]. Segundo ele foram cinco propostas em 2020 e duas em 2021; a falta de acordo impediu que fossem aplicadas doses no primeiro trimestre desse ano [2], e o país poderia ter recebido 4,5 milhões de doses a mais do imunizante [3]. O ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Fabio Wajngarten, afirma que uma carta da Pfizer foi ignorada pelo governo por pelo menos dois meses [4]; seu depoimento à CPI da covid-19 foi cercado de controvérsias [5] e o relator da comissão, Renan Calheiros, defende sua prisão [6]. Já o Ministério da Saúde admite que tem milhões de testes para covid-19 estocados e com prazo de validade para esse mês [7] [8]. Nas últimas semanas, a Casa Civil preparou os ministérios para se defenderem de acusações na CPI da covid-19, dentre eles a recusa de doses da Pfizer [veja aqui]. A comissão, instalada para investigar a condução da pandemia pelo governo federal [veja aqui] foi criticada por Bolsonaro, que sugeriu ser uma perseguição política [veja aqui] e afirmou que não precisamos de um conflito [veja aqui]; além disso, o ministro da Justiça sugeriu que a comissão não olha os abusos cometidos nos estados durante a pandemia [veja aqui]. Pfizer envia emails à CPI da covid-19 mostrando que o governo fez contraproposta para a compra de vacinas em dezembro [9].

Leia como a demora em tratativas com a Pfizer prejudicou o PNI.

12 maio 2021
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