Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Desde o início da pandemia, Bolsonaro fez ao menos uma publicação por semana em defesa do ‘tratamento precoce’

Tema(s)
Negacionismo, Posicionamento político, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

O presidente Jair Bolsonaro defende, desde o início da pandemia, cerca de uma vez por semana o ‘tratamento precoce’ contra a covid-19, segundo apuração de imprensa desta data [1]. O presidente também utiliza nomes de médicos, instituições e o Ministério da Saúde em suas contas em redes sociais para defender o uso da cloroquina e do ‘tratamento precoce’ [2], que não têm eficácia comprovada [3]. Além disso, mensagens propagadas por Bolsonaro e seus seguidores em redes sociais contrárias à Coronavac disseminaram dúvidas e atrasaram o desenvolvimento da vacina [4]. Outro remédio sem eficácia comprovada e defendido no ‘tratamento precoce’ teve receita com a venda aumentada em 1.272% no último ano [5]. Bolsonaro defende o uso da cloroquina desde o início da pandemia [veja aqui] – tornando-a uma política de governo [6], desacredita recomendações médicas e sanitárias de forma sistemática [veja aqui], se posicionou de forma contrária às vacinas em diversas ocasiões [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui] e foi negligente em comprar vacinas para combater a pandemia [veja aqui]. Além disso, no seu governo, o Ministério da Saúde também defendeu o uso do fármaco durante um ano e dois meses de pandemia [veja aqui], forneceu mais ‘kit covid’ – combinação de remédios sem eficácia comprovada para o combate a doença, entre eles a cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina [7] – do que ‘kit intubação’ aos Estados [veja aqui], recomentou a distribuição do ‘kit covid’ a indígenas [veja aqui] e culpabilizou a não adoção de ‘tratamento precoce’ como causa responsável pelo colapso sanitário em Manaus [veja aqui]. Além disso, O exército utilizou verba originalmente destinada para vacinas para a compra de cloroquina . O Ministério da Casa Civil preparou um documento para que o governo se defenda na CPI da covid-19 [veja aqui], citando negligência do governo em adquirir a Coronavac [veja aqui], o descrédito a eficácia de tal vacina c [veja aqui] [veja aqui], a recusa às doses da vacina Pfizer [veja aqui], as constantes ações do governo em minimizar a pandemia [veja aqui] e incentivar o descumprimento das medidas de distanciamento social [veja aqui] [veja aqui], a promoção do tratamento precoce sem evidências científicas pelo governo [veja aqui] [veja aqui] e a ineficiência do governo em prover um combate eficaz a covid-19 [veja aqui] [veja aqui]. Nesta data, O país ultrapassa 473,4 mil mortes pela covid-19 [8].

Veja mais sobre a distribuição de cloroquina pelo Governo Federal.

23 maio 2021
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