Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Ministério da Saúde recebe 3 milhões de novos testes para covid-19, porém mantém em estoque

Tema(s)
Administração, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Redução de controle e/ou centralização

Ministério da Saúde (MS) recebe 3 milhões de testes de antígeno para covid-19, mas os mantém em estoque [1]. O teste de antígeno é considerado mais rápido do que os atuais testes, e adequado para a testagem em massa [2]. O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, diz que pretende definir os critérios para a distribuição antes de entregá-los, porém não esclarece os motivos para não ter realizado a organização da distribuição antes da chegada dos testes [3]. Segundo alguns secretários estaduais, o critério de distribuição dos novos testes deveria ter sido organizado antes da entrega dos mesmos [4]. Desde outubro de 2020, os gestores do SUS cobram os testes do MS , e a demora na distribuição não agrada os secretários estaduais [5]. No mesmo dia, Queiroga anuncia planejar um novo plano para testagem em massa, com o objetivo de distribuir de 20 a 26 milhões dos testes de antígeno, a despeito do MS ter recebido apenas 3 milhões dos testes até o momento [6]. A demanda por diagnósticos da covid-19 tem aumentado [7] e o governo federal admite que milhões de testes de covid-19 perderão a validade ainda este mês [veja aqui]. Essa não é a primeira vez que o governo corre risco de perder testes por falta de organização na distribuição: em novembro de 2020, 6.86 milhões de testes para covid-19 estavam estocados em Guarulhos (SP) e poderiam perder validade entre dezembro e janeiro de 2021 [8]. Em 13/05, na CPI da covid-19, governo admite poder perder 2,3 milhões de testes de covid-19 por perderem a validade [9].

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21 maio 2021
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