Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro desacredita imparcialidade eleitoral de tribunais e ministros e volta a defender voto impresso nas eleições de 2022, sob risco de ‘convulsão’

Tema(s)
Conflito de poderes, Eleições, Posicionamento político
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

O presidente Jair Bolsonaro sugere, em live nas redes sociais, parcialidade de Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), na defesa das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral vigente [1]. Em tom sugestivo, Bolsonaro afirma que Barroso, que já afirmou que as urnas eletrônicas promovem ‘eleições limpas, seguras, transparentes e auditáveis’ [2], estaria interessado na eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022 [3]. As insinuações de Bolsonaro também são direcionadas ao STF como um todo [4], ao questionar a legitimidade das decisões do tribunal que, ao reconhecerem a incompetência do foro de Curitiba [5] e a parcialidade do juiz Sérgio Moro [6], devolveram a elegibilidade a Lula. O presidente, que reafirma – ainda sem provas – a ocorrência de fraude nas eleições de 2018 [7], utiliza-se destas insinuações para defender novamente a implementação do voto impresso nas eleições de 2022, sob a ameaça do que ele chama de ‘um problema seríssimo’ e de uma ‘convulsão’ [8]. Esta não é a primeira vez que Bolsonaro desacredita o sistema eleitoral [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui], questiona resultados anteriores [veja aqui] [veja aqui] e tensiona com outros atores deste sistema [veja aqui] [veja aqui]. Além disso, tramita na Câmara dos Deputados proposta de Emenda Constitucional (PEC) que pretende implantar voto impresso nas eleições, havendo, inclusive, comissão especial instalada para debatê-la [veja aqui].

Veja os principais argumentos no debate sobre o voto impresso.

17 jun 2021
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