Belém (PA), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Vitória (ES), Natal (RN) e Curitiba (PR) suspendem [1] a aplicação de primeiras doses da vacinação contra covid-19 [2] por falta de imunizantes [3]. Outras cidades, como Goiânia, Cuiabá e São Paulo, limitam a vacinação [4]. O Mministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirma que não há já estoque parado [5], critica os estados e municípios que estabeleceram regras próprias de vacinação [6] e diz que a distribuição de doses será normalizada [7]. O governador de São Paulo, João Dória (PSDB) diz que o Ministério da Saúde mantém doses paradas [8] e afirma que o estado recebeu 50% menos doses da vacina Pfizer do que teria direito [9]. O PNI está cercado de controvérsias, como a imunização de militares como grupo prioritário [veja aqui], as disparidades regionais e diferenças na priorização de grupos de riscos [veja aqui], diversas alterações no calendário [veja aqui], a recusa em uniformizar medidas contra a covid em nível nacional [veja aqui], a inclusão de assinatura de pesquisadores sem consultá-los [veja aqui] e os silenciando-os em reunião [veja aqui], e a exclusão de presos do grupo prioritário [veja aqui]. O governo também atrasou a entrega de vacinas e culpabilizou governadores por problemas de logística [veja aqui], depois de cancelar reunião com governadores [veja aqui]. Todo esse cenário em meio à quarta troca de ministros da Saúde [veja aqui]. O presidente Jair Bolsonaro frequentemente minimiza o atraso da vacinação no país [veja aqui], travou diversos embates com o Governador João Dória acerca da vacina desenvolvida pelo Butantan com parceria com laboratório chinês [veja aqui] [veja aqui], suspendeu testes e comemorou a “vitória” contra o governador de São Paulo [veja aqui] [veja aqui] e criticou a eficácia da vacina [veja aqui]. Além disso, o presidente já desacreditou vacinas [veja aqui], disse que a vacinação não seria obrigatória [veja aqui], desautorizou a compra de vacinas [veja aqui] e chegou a elencar efeitos colaterais da vacina, quando disse que não se responsabilizaria se pessoas virassem “jacarés” [veja aqui].