O Presidente Jair Bolsonaro volta a fazer comentários racistas ao comparar o cabelo crespo de apoiador negro com falta de higiene [1]. O comentário, feito durante a live semanal, que contava com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes e de Maicon Sullivan, o apoiador do presidente [2]. Apesar do tom jocoso, o comentário não é apenas uma ‘piada infeliz’, mas sim um contínuo de declarações racistas proferidas e defendidas pelo presidente [3]. Por esta razão, Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministérios Públicos Estaduais (MPEs), encaminharam uma representação contra Bolsonaro, pela prática de racismo [4] ao procurador geral da República, Augusto Aras, com pedido de ‘imediata apuração de responsabilidade criminal e política’ do presidente da República [5]. Em outro episódio, ocorrido em maio deste ano, Maicon é novamente alvo de insinuações igualmente racistas de Bolsonaro, com tentativa de ridicularização do cabelo black power, símbolo de luta e resistência do povo negro [veja aqui].
Leia mais sobre o black power enquanto símbolo importante da comunidade negra.