Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Eduardo Bolsonaro novamente deslegitima CPI da covid-19

Tema(s)
Negacionismo, Posicionamento político
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal faz reiteradas declarações que deslegitimam a CPI da covid-19, por exemplo ao chamar a comissão de ‘CPI do Lula’, nomeação usada também por seu irmão Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio de Janeiro [1]. Entre os dias 24 de junho e 01 de julho, a expressão ‘CPI do Lula’ foi repetida 64 mil vezes no twitter [2]. Além das menções nas redes sociais, Eduardo insinua, durante o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti na CPI, que alguns membros da comissão estariam ‘tentando colocar Bolsonaro na mesma prateleira’ do ex presidente Lula [3]. Ele volta a deslegitimar a CPI em 09/07, no depoimento de William Amorim Santana, consultor do Ministério da Saúde e diz que a CPI estaria tentando enquadrar o presidente Jair Bolsonaro no crime de prevaricação [4]. Desde o início dos trabalhos da CPI, membros e aliados do governo Bolsonaro buscam deslegitima-la: em 30/04, Anderson Torres, ministro da Justiça, sugeriu que a CPI não olhava para abusos em estados [veja aqui]. Em 12/05, Jair e Flávio Bolsonaro atacaram a CPI da covid e xingaram o relator Renan Calheiros [veja aqui]. Em 02/06. Jair Bolsonaro xingou o presidente e relator da CPI de ‘patifões’ [veja aqui]. Em 26/06, Jair Bolsonaro atacou a CPI mais uma vez, dizendo que ‘não iriam ganhar no tapetão’ [veja aqui]. Senadores afirmam que a CPI tem elementos suficientes para incriminar a gestão Bolsonaro, responsabilizando tanto o presidente quanto agentes públicos por crimes sanitários contra a vida [5] e corrupção [6], durante a gestão na pandemia. Em 04/05 ex-ministros da Saúde e profissionais da pasta mencionaram pressão do presidente para mudar bula de cloroquina [veja aqui]. Em 12/05, depoimentos da CPI confirmaram negligência em compras de vacinas [veja aqui]. Em 25/06, o depoimento dos irmãos Miranda na CPI reforçou que Jair Bolsonaro estava ciente das irregularidades no contrato de compra da vacina Covaxin [veja aqui].

Leia análises sobre as consequências da CPI da covid-19 para o governo Bolsonaro e sobre os ataques do governo aos membros da Comissão.

01 jul 2021
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