Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) deixa cargo por falta de vacinas e de campanha publicitária contra o coronavírus e aponta ‘politização’ do assunto pelo governo

Tema(s)
Ciência, Negacionismo, Posicionamento político, Publicidade e propaganda
Medidas de emergência
Flexibilização de controle

Ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) afirma ter deixado o cargo pela falta de vacinas e de campanha publicitária contra o coronavírus e considera existir ‘politização’ do assunto pelo governo [1]. Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, Francieli Fantinato afirma que ‘ter uma politização do assunto por meio do líder da nação (…) vai trazer dúvidas à população brasileira’ [sobre a necessidade da vacinação], e que ‘o PNI, estando sob qualquer coordenação, não consegue fazer uma campanha exitosa sem vacinas e sem comunicação’ [2]. Ela atribui sua saída do Ministério da Saúde (MS) a ‘motivos pessoais’ e diz que a ‘politização’ da vacina ‘chegou num limite’ [3]. Na portaria de exoneração de Fantinato, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informa que a dispensa ocorreu ‘a pedido’ da servidora [4]. O depoimento de Francieli se soma a outros na CPI da covid-19 que confirmam negligência do governo federal em compras de vacinas [veja aqui]. Em outra oportunidade, o governo desviou verba destinada a publicidade sobre a covid-19 para fazer propaganda de outras ações [veja aqui]. A CPI da covid-19 é constantemente atacada por Bolsonaro [veja aqui] e seus aliados [veja aqui], e a Procuradoria-Geral da República pediu suspensão de inquérito que investiga Bolsonaro por crime de prevaricação, sob fundamento de aguardar o desfecho da CPI da Covid-19, o que é rejeitado pelo STF [veja aqui].

Leia análises sobre como o presidente atacou a atrasou a vacinação durante a pandemia e sobre as lacunas do plano de vacinação do governo federal.

01 jul 2021
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