Paulo Guedes, ministro da Economia questiona os números sobre o desemprego divulgados pelo IBGE, que mostrou, através da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), que o desemprego do trimestre acabado em maio fechou em 14,6% [1]. Guedes diz que os números divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged),que ficaram um tempo sem ser divulgados [2] e são medidos pelo Ministério da Economia [3], mostram uma alta na geração de empregos [4]. O Caged mensura apenas o setor formal e suas informações vêm direto das empresas; já o Pnad, que adotou durante a pandemia entrevistas por telefone, mede empregos formais e informais [5]. O ministro afirma que o Pnad ainda está na idade da pedra lascada, baseado em métodos que não são os mais eficientes. Temos as informações diretas da empresa’ [6]. Desde janeiro o método de coleta de dados do Caged sofreu mudanças [7]; ele passou a ser alimentado por informações provenientes do eSocial [8], sistema de escrituração que unificou diversas obrigações dos empregadores, e também tornou obrigatório informar a admissão e demissão de empregados temporários, que antes era facultativa [9]. O IBGE já teve seus dados e métodos posto em cheque pelo presidente Jair Bolsonaro ao afirmar que o aumento do desemprego está relacionado com a metodologia empregada pelo IBGE, que não contabilizaria como empregados os trabalhadores informais, que, agora, não conseguem trabalhar em razão da pandemia, e viram, então, desempregados quando a procurar emprego[veja aqui].
Saiba mais sobre as diferenças entre Pnad e Caged.