O presidente Jair Bolsonaro concede cargo público à coronel da reserva que apareceu ao seu lado durante live onde denunciava supostas fraudes no processo eleitoral [1] [veja aqui]. O coronel da reserva Eduardo Gomes da Silva assume a Secretaria Especial de Modernização do Estado (Seme) [2], que tem dentre as principais atribuições de modernizar os serviços públicos através da introdução e expansão de tecnologias digitais [3]. A nomeação é realizada pelo presidente duas semanas após transmissão ao vivo nas redes sociais que ocorreu em 29 de julho [4], onde Bolsonaro apresentou o militar como ‘analista de inteligência’, além de ter feito falsas acusações à lisura do processo eleitoral [5]. Durante a live, Eduardo explicou vídeos de 2018 que seriam supostas provas de que as urnas eletrônicas poderiam ter sido fraudadas para computar o voto de um candidato para outro, sem apresentar provas [6]. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral TSE, esse tipo de fraude não é possível, ainda afirmou que os vídeos apresentados, que inclusive circulam na internet, provam qualquer tipo de irregularidade nas urnas eletrônicas [7] As críticas de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas fizeram com que ele fosse incluído no inquérito das fake news [8] .Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, acolheu notícia-crime apresentada pelo TSE para investigar Bolsonaro por suspeita de vazamento de dados sigilosos da Polícia Federal, que teriam sido usados para criticar as urnas eletrônicas durante a live transmitida no final de julho [9].
Leia sobre as acusações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral.