O Ministério do Meio Ambiente (MMA), comandado por Joaquim Leite, declarou que o país não vai mudar as metas de emissão de gás carbônico – um dos principais fatores responsáveis pelo aquecimento global [1]. A manifestação da pasta se dá após a divulgação de estudo feito pelo Painel Intergovernamental sobre o Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), que aponta que o ritmo do aquecimento global está mais acelerado do que o previsto anteriormente pela entidade [2]. O estudo destaca também como as consequências do aquecimento acelerado do planeta desencadeiam eventos climáticos extremos em maior frequência, como enchentes e ondas de calor [3], bem como que estão defasadas as metas do Acordo de Paris, importante tratado mundial de redução do aquecimento global [4]. Em direção contrária ao posicionamento do MMA , o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento afirma que o aquecimento global gera prejuízo econômico incalculável, afeta a produção e a segurança alimentar no país [5], e que trabalha para reduzir as emissões de gases estufa pelo setor agropecuário [6]. Especialistas argumentam que o relatório indica que no Brasil o ‘aumento da temperatura pode chegar a 4 ou 5°C nas próximas décadas’ e em decorrência deste crescimento mudanças climáticas bruscas podem inviabilizar o agronegócio como temos hoje [7]. O atual governo vem negligenciando as pautas climáticas de emissão de carbono e a tramitação de acordo internacional para a redução de gases que causam efeito já dura 3 anos na Câmara dos Deputados [veja aqui].
Leia sobre a importância do relatório do IPCC e sobre o negacionismo das autoridades em relação às pautas climáticas no Brasil.