Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro afirma que se Lula fosse eleito adotaria modelo econômico chinês, que configura ‘regime de trabalho ao nosso povo que nós não poderíamos aceitar’

Tema(s)
Posicionamento político, Trabalho
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirma que o ex-presidente Lula quer impor o modelo econômico chinês no Brasil, durante evento em Roraima [1]. Bolsonaro também declara que o primeiro passo caso Lula ocupasse a presidência de novo e determinasse o modelo econômico chinês seria a extinção da Consolidação das Leis Trabalhistas, do 13º salário, das férias, da hora extra e do Fundo de Garantia, com o intuito de ‘manter um regime de trabalho ao nosso povo que nós não poderíamos aceitar’ [2]. Entretanto, vale ressaltar que foi o governo de Bolsonaro que editou Medidas Provisórias que flexibilizaram os direitos trabalhistas em 2019 e 2020 [veja aqui] [veja aqui]. Inclusive, o ministro do Trabalho e Previdência do governo atual, já chegou a afirmar que a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) é um ‘muro impeditivo para o ingresso no mercado de trabalho’ [veja aqui]. A fala de Bolsonaro contra Lula, ocorre após o ex-presidente elogiar a atuação do Partido Comunista Chinês (PCC) por promover um país com ‘poder e um governo forte’ [3]. Em 14/05, Bolsonaro já havia atacado Lula ao afirmar que ele só ganharia o pleito de 2022 por meio da fraude [veja aqui]. Além disso, desde que foi eleito Bolsonaro vêm proferindo diversas ofensas a China, o presidente foi contra a compra do imunizante Coronavc [veja aqui] [veja aqui], levantou a hipótese de que o vírus da covid-19 foi criado em laboratório pelo país asiático [veja aqui] e colocou em xeque a segurança da internet móvel 5G, promovida principalmente por uma empresa chines [veja aqui].

Leia sobre as flexibilizações trabalhistas promovidas por Bolsonaro.

29 set 2021
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