Como na semana [veja aqui] e no mês [veja aqui] anteriores, o presidente Jair Bolsonaro descumpriu medidas sanitárias para conter o avanço da covid-19 [1]. Em 19/09, Bolsonaro embarca para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na cidade de Nova York, sem se vacinar [2]. Em 23/09, Bolsonaro relata durante live que questionou o ministro da saúde Marcelo Queiroga – que estava presente na comitiva enviada a Nova York e foi diagnosticado com coronavírus no dia 21/11- quanto ao uso do tratamento precoce e disse que o ministro respondeu que ‘sim’, mas sem citar o nome dos remédios sem eficácia comprovada que compõem o ‘tratamento’ [3]. O presidente reiterou durante a transmissão que ainda não se vacinou e criticou a proposta de um ‘passaporte sanitário’, dizendo que o vírus é como ‘uma chuva, vai pegar em todo mundo’ [4]. Nesta data, o número total de casos e mortes por coronavírus no país ultrapassa, respectivamente, 21 milhões e 590 mil, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa com dados das secretarias de Saúde [5].