Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Brasil é eleito o quarto país mais perigoso para ativistas ambientais em 2020

Tema(s)
Meio Ambiente, Participação da sociedade civil, Povos indígenas
Medidas de estoque autoritário
Legitimação da violência e do vigilantismo

Brasil é eleito o quarto país mais perigoso para ativistas ambientais no mundo em 2020, segundo relatório divulgado nesta data pela organização não governamental Global Witness [1]. Neste ano, foram 20 vítimas, sendo oito indígenas e dois ribeirinhos [2]. De acordo com relatório, as vítimas foram atacadas em retaliação por defenderem a proteção de ecossistemas específicos ou assassinadas durante o trabalho, por serem profissionais que atuam diretamente no monitoramento de rios, áreas costeiras e oceanos [3]. Para pesquisadores, a postura do poder público contribui para este resultado: a gestão Bolsonaro tem sido alvo de críticas por enfraquecer a legislação de combate a crimes ambientais e na estrutura de proteção a indígenas [4]. Vale ressaltar que nos primeiros meses da gestão de Bolsonaro houve queda de 70% nas operações de fiscalização efetuadas pelo Ibama na Amazônia e redução de 58% em todo o país, em comparação com o mesmo período do ano passado [veja aqui]. O então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também foi alvo de críticas ao apoiar ataques à servidores do Ibama em ações de fiscalização de extração de madeira ilegal em terras indígenas em Rondônia [veja aqui]. Desde a eleição de Bolsonaro, o Brasil vive uma ascensão de conflitos armados nas áreas rurais [5] e uma ampliação e facilitação do porte de arma para a população do campo [veja aqui] [veja aqui].

Escute “Cova Medida”, série de cinco reportagens sobre assassinatos no campo produzidos pela Repórter Brasil em parceria com a Rádio Novelo.

13 set 2021
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