O governo brasileiro gastou cerca de R$ 670 milhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para subsidiar a geração elétrica via carvão mineral [1], considerada a mais poluente de todas, conforme apurado em reportagem desta data [2]. Esse fundo é abastecido com recursos cobrados na conta de luz de todos os consumidores e deveria ser direcionado para bancar iniciativas como a tarifa social para as famílias mais pobres [3]. O governo Bolsonaro tem investido em carvão mineral desde 2019 [4], o que contraria o Acordo de Paris [5]. Para lidar com a crise hídrica, o governo diminuiu a geração de energia de hidrelétricas e aumentou a geração de energia em termelétrica – dependente da queima de carvão mineral [6], que, além de mais poluente, é mais cara, assim como investimentos de R$ 12 bilhões serão feitas na geração de energia através de termelétricas [7]. O Ministério de Minas e Energia tem minimizado os níveis dos reservatórios [veja aqui] assim como omitiu informações sobre a crise hídrica [veja aqui].
Leia sobre o que é a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). análise sobre a crise hídrica no mundo e como funciona uma termelétrica.