Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Governo suspende sistema nacional de meteorologia durante a pior crise hídrica da história do país

Tema(s)
Administração, Meio Ambiente
Medidas de estoque autoritário
Redução de controle e/ou centralização

A pedido do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), governo federal suspende as atividades do Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), durante a maior crise hídrica da história do país [1]. O SNM reúne o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e foi criado em maio deste ano parar dar ‘maior eficiência na utilização dos recursos escassos’, garantindo segurança alimentar e energética [2]. A proposta do governo é substituí-lo pela Comissão de Coordenação das Atividades de Meteorologia, Climatologia e Hidrologia, criada em março de 2003, mas que nunca operou e tem estrutura burocratizada, sendo formada por 22 órgãos [3]. O governo federal afirma, ainda, que o SNM não existe formalmente [4], informação que é contrariada pelo anúncio feito pelo Ministério da Agricultura, em maio, no sentido de este seria o órgão responsável pelo monitoramento das queimadas no país [veja aqui]. O combate às crises hídrica e energética, cujos efeitos foram minimizados pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque [veja aqui], também foi dificultado pelo governo Bolsonaro quando, em 28/06, o presidente editou medida provisória criando comitê para gerir as crises apenas com ministros de governo, excluindo importantes orgãos para a gestão das águas e energia a nível nacional [veja aqui]. O governo de Bolsonaro também omitiu dados que indicavam a necessidade de racionamento hídrico desde 2019 [veja aqui] e o presidente culpou o clima pelas crises, indicando à população banhos frios como solução [veja aqui].

30 set 2021
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