Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Ministério da Saúde contraria ANVISA e suspende vacinação de adolescentes após pressão de Bolsonaro

Tema(s)
Negacionismo, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Sob pressão do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde emite nota técnica recomendando a suspensão da vacinação em adolescentes sem comorbidades [1]. O comunicado, divulgado sem o conhecimento prévio dos técnicos responsáveis pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), [2] contraria a instrução anterior da Anvisa (Agência Nacional Sanitária) que permitia a vacinação de menores de 18 anos com o imunizante da Pfizer [3]. O Ministro Marcelo Queiroga [veja aqui] justifica a revisão por dúvidas sobre a segurança e eficácia dos imunizantes em adolescentes [4], mas a decisão é tomada após sucessivas críticas sem embasamento científico [veja aqui][veja aqui] e relatos de supostas reações à vacina do presidente [veja aqui] e de seus apoiadores [5]. Gestores públicos das secretarias de saúde e do SUS criticam a medida, afirmando que a nova diretriz foi tomada sem diálogo com as entidades, à revelia do que recomenda a Anvisa, chamada por eles a se manifestarm sobre o caso [6]. O órgão sanitário, por sua vez, alega que investiga as supostas reações adversas da vacinação em adolescentes, mas nega a necessidade de alteração da bula e, consequentemente, dos parâmetros do esquema vacinal adotado anteriormente [7].

Saiba mais sobre a vacinação contra a Covid-19 em adolecentes.

17 set 2021
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