Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Em 2021, INPE recebe o menor orçamento da sua história

Tema(s)
Administração, Meio Ambiente, Orçamento
Medidas de estoque autoritário
Redução de controle e/ou centralização

Em 2021, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) recebe o menor orçamento de toda sua história e conta com a ajuda de outras fontes para pagar despesas básicas [1]. Segundo apuração da imprensa, o orçamento deste ano caiu 46% em relação a 2018 [2]. Algumas áreas finalísticas do Instituto, relacionadas à pesquisa e desenvolvimento tecnológico, receberam recomposições orçamentárias [3]. No entanto, o plano para despesas de funcionamento não foi alterado e, a partir de novembro, o órgão terá que contar com a ajuda de outras fontes para pagar contas como água, luz, segurança, limpeza e internet [4]. A Agência Espacial Brasileira (AEB) autorizou uma realocação de recursos para ajudar o órgão a sobreviver até o final do ano [5]. O INPE é um dos principais órgãos de monitoramento do desmatamento do país [6] e vem sofrendo ataques desde o início do governo Bolsonaro, como intimidações e exonerações a servidores de órgãos [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui] e a suspensão do sistema nacional de meteorologia [veja aqui]. Não é a primeira vez que um órgão sofre com cortes orçamentários no governo Bolsonaro: entre 2019 e 2020, o orçamento para fiscalização ambiental no Ibama e ICMBio reduziu em mais de 100 milhões [veja aqui]. O ICMBio, a propósito, sofreu, em 28/03/21, corte orçamentário que arriscou extinguir as atividades de prevenção e combate a incêndios ambientais [veja aqui]. Até 06/10/20, o Ibama executou menos de 40% de seu orçamento anual para fiscalização e combate de desmatamento e queimadas [veja aqui].

Leia entrevista com ex-diretor do INPE Gilberto Câmara sobre o enfraquecimento do órgão na gestão Bolsonaro.

20 out 2021
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