Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Ministro do Meio Ambiente mente ao dizer que proposta brasileira sobre as mudanças climáticas é resultado de diálogo com a sociedade

Tema(s)
Meio Ambiente, Transparência
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

O ministro do meio ambiente, Joaquim Leite, tem citado diversas entidades de proteção ambiental como colaboradoras na construção da proposta brasileira apresentada na Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas (COP-26) [1]. A informação consta em documento que circulava entre servidores do Ministério do Meio Ambiente (MMA), mas foi posteriormente divulgada à organização Política Por Inteiro [2]. Tanto a pasta quanto o ministro afirmavam que o documento era resultado de um amplo debate e diálogo feito com mais de 200 empresas e instituições civis e públicas [3]. Entretanto, algumas das 219 entidades mencionadas pelo MMA – como SABESP, WWF-Brasil, Instituto Centro de Vida – negam ter tido qualquer diálogo sobre o tema com a pasta [4]. Além disso, na mesma listagem, há duplicidades na menção das organizações supostamente parceiras da iniciativa, assim, mensurando acima do real o número de envolvidos [5]. Elas são citadas duas vezes, uma pelo nome da entidade representativa da agenda ambiental, que em tese estaria em diálogo com o MMA, e outra pelo nome da empresa do qual faz parte – a exemplo da Danone, citada duplamente a marca e como associação Viva Lácteos, de sua propriedade [6]. Vale lembrar, essa não é a primeira vez que Joaquim Leite distorce dados, já que o ministro fez o mesmo em relação a números sobre desmatamento [veja aqui].

Saiba mais sobre o atual ministro do meio ambiente e sua atuação na COP-26.

22 out 2021
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