Durante evento para investidores em Dubai, Bolsonaro diz que a Amazônia está ‘exatamente igual quando [o Brasil] foi descoberto no ano de 1500’ e que as críticas que recebe não são justas [1]. O presidente afirma ainda que a floresta não enfrenta problema das queimadas porque é naturalmente úmida e que o país está de ‘portas abertas’ para investimentos na agricultura [2]. Apesar do esforço em melhorar a imagem ambiental do Brasil no mundo, o discurso de Bolsonaro contraria os fatos [3]. Pesquisas mostram que, em 2020, o bioma amazônico no Brasil já tinha 19% de sua vegetação convertida para pastagem, mineração e infraestrutura, entre outros [4]. Além disso, os alertas de desmatamento na Amazônia bateram recorde durante o governo Bolsonaro [veja aqui] [5]. Não é a primeira vez que o presidente e seus aliados distorcem informações sobre a situação ambiental do país: Bolsonaro criticou decreto que proíbe queimadas controladas e acusou indígenas pelos incêndios [veja aqui] e disse, em reunião com presidentes de outros países, que os incêndios na Amazônia seriam mentira [veja aqui]. Já Mourão divulgou dados falsos sobre desmatamento [veja aqui], disse junto ao ministro do Meio Ambiente que não existiriam queimadas na Amazônia [veja aqui] e que opositor do governo no Inpe seria responsável por divulgar dados negativos sobre queimadas [veja aqui]. Bolsonaro também já chegou a afirmar que o Brasil ‘está de parabéns’ pela preservação ambiental [veja aqui].
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