Em meio à Conferência do Clima (COP-26), principal evento para debater mudanças climáticas da ONU, Bolsonaro afirma que ‘índia’ foi levada para ‘atacar o Brasil’ [1]. O alvo é a ativista brasileira Txai Suruí que, na abertura da COP, discursou sobre a preservação da Amazônia e a importância de se ouvir os povos indígenas [2]. Em sua fala Txai disse: ‘vamos frear as emissões de promessas mentirosas e irresponsáveis; vamos acabar com a poluição das palavras vazias, e vamos lutar por um futuro e um presente habitáveis’ [3]. Vale lembrar que Bolsonaro, criticado internacionalmente por sua política ambiental, decidiu não comparecer ao evento . Esta também não é a primeira vez que lideranças indígenas são alvo de intimidações pelo governo: em março, Sonia Guajajara e Almir Suruí foram intimados a depor após acusação de difamação do governo federal feita pela Funai [veja aqui]. Além disso, Joenia Wapichana, única parlamentar indígena, teve fala silenciada e foi alvo de discriminação na Câmara dos Deputados [veja aqui]. As intimações de lideranças ocorrem em contexto em que a violência contra os povos indígenas bate recordes [veja aqui].
Leia sobre a ativista Txai Suruí.