Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Em desacordo com recomendação sanitária da Anvisa, Ministo da Justiça diz que não irá cobrar certificado de vacinação de viajantes que chegam ao Brasil

Tema(s)
Negacionismo, Saúde
Medidas de emergência
Flexibilização de controle

O Ministro da Justiça, Anderson Torres, contraria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e se diz contra a cobrança de comprovação da vacinação de estrangeiros que entram no Brasil [1]. Nesta data, o ministro declara declarou que é contrário a exigência do certificado de vacinação contra a covid-19, como forma de liberar a entrada de viajantes de outros países que chegam ao Brasil e diz que a vacina ‘não impede a transmissão da doença’ [2] Torres e os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Casa Civil, Ciro Nogueira, são responsáveis por decidir sobre as regras de controle de fronteiras no Brasil durante a pandemia [3]. Procurado pela imprensa, o ministro afirma que a posição contrária ao comprovante de vacinas nas fronteiras é pessoal e que oficialmente ‘não tem nada decidido ainda’ [4]. A Anvisa recomenda combinar a testagem dos viajantes com a vacinação como forma de impedir a disseminação do vírus e diz em nota técnica que dados disponíveis ‘indicam claramente que a vacinação continua sendo a estratégia chave para o controle da pandemia de Sars-CoV-2, inclusive da propagação de variantes’ [5]. Especialistas apoiam a implementação do ‘passaporte de vacinas’ criticado pelo ministro da justiça, e afirmam que ele é importante para incentivar que mais pessoas se vacinem e para impedir a propagação do coronavírus [6]. O governo federal vem contrariando recomendações da Anvisa durante a pandemia, como na ocasião em que a vacinação para adolescentes foi suspensa após pressões do presidente Jair Bolsonaro [veja aqui]. O ministro da Saúde Marcelo Queiroga diz que governo ainda avalia exigência do passaporte vacinal [7].

Leia sobre o passaporte de vacinas.

26 nov 2021
Mês Filtros