Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Número de indígenas assassinados em 2020 é o maior em 25 anos

Tema(s)
Povos indígenas
Medidas de estoque autoritário
Legitimação da violência e do vigilantismo

Em 2020, 183 indígenas foram assassinados no Brasil, o maior número em 25 anos [1]. De acordo com o Conselho Missionário Indigenista (CIMI), a situação foi agravada pela omissão do governo em controlar a pandemia [veja aqui] e promover conflitos territoriais [2]. No segundo ano de governo, foram registrados 263 casos de invasões possessórias, exploração ilegal de recursos e danos ao patrimônio, um aumento de 137% na comparação com 2018 [3]. Vale ressaltar que nos primeiros meses da gestão de Bolsonaro houve queda de 70% nas operações de fiscalização efetuadas pelo Ibama na Amazônia e redução de 58% em todo o país, em comparação com o mesmo período do ano passado [veja aqui]. O então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também foi alvo de críticas ao apoiar ataques à servidores do Ibama em ações de fiscalização de extração de madeira ilegal em terras indígenas em Rondônia [veja aqui]. Desde a eleição de Bolsonaro, o Brasil vive uma ascensão de conflitos armados nas áreas rurais [4] e uma ampliação e facilitação do porte de arma para a população do campo [veja aqui] [veja aqui]. A violência contra os povos indígenas mais que dobrou no primeiro ano do governo de Bolsonaro [veja aqui]. Também por estes motivos o Brasil foi eleito o quarto país mais perigoso para ativistas ambientais em 2020 [veja aqui]. Além disso, Bolsonaro é alvo de representação no Tribunal Penal Internacional pelos crimes de genocídio e contra humanidade por implementar políticas predatórias contra indígenas [veja aqui]. Nesse cenário, cita-se que a Funai autorizou a ocupação de terras indígenas que aguardam demarcação [veja aqui] e o coordenador do órgão falou em fala em ‘meter fogo’ em indígenas isolados no Amazonas [veja aqui].

Leia o relatório completo sobre violência contra os povos indígenas do Brasil em 2020 e escute entrevista com Juma Xipaya, primeira cacica do médio Xingu, e ameaçada de morte.

04 nov 2021
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