Governo Bolsonaro aprova corte de 51% no orçamento da Receita Federal [1]. O corte de mais de 1 bilhão, estabelecido no orçamento da União para 2022, remaneja a verba que seria da receita federal para reajuste de salário de policiais e fundo eleitoral [2].No orçamento de 2022, 1,7 bilhão de reais, que serão usados para a reestruturação e aumento de remuneração das carreiras da Polícia Federal, Policia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional- base de apoio do presidente Bolsonaro- seriam destinados ao orçamento da Receita Federal [3]. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), a ausência das verbas vai colocar em risco o funcionamento da receita federal, responsável por 90% da arrecadação total da União, afetando todas as suas áreas de atuação, além da própria arrecadação, a fiscalização e o controle aduaneiro [4]. Em resposta às restrições orçamentárias, mais de 200 auditores da Receita Federal em posições de chefia aderiram a um movimento de entrega coletiva de cargos nesta data [5]. Posteriormente, foi divulgado pela imprensa, que 951 fiscais da Receita Federal entregaram seus cargos após a redução orçamnetaria [6]. A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) se mobilizou para denunciar o governo federal à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) devido ao corte [6]. Os cortes no orçamento da União estabelecidos em 2021 atingiram diversas áreas prejudicando a modernização de sistema anticorrupção do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) [veja aqui], pesquisas científicas financiadas pelo Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) [veja aqui] , o combate à proteção do meio ambiente feito pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) [veja aqui].