Contrariando tendência mundial de substituir as usinas de carvão por combustíveis menos poluentes, Bolsonaro sanciona Projeto de Lei que prevê o uso de térmicas de carvão em Santa Catarina até 2040 [1]. A prorrogação dos contratos foi aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2021, depois de mobilização de deputados e senadores catarinenses que alegam que a interrupção da exploração de carvão causará desemprego na região [2]. Especialistas criticam o uso de térmicas a carvão e afirmam que a manutenção de incentivos para esta fonte de energia traz diversos efeitos negativos para o país, como a redução da competitividade do Brasil frente a outras nações e prejuízos para consumidores, que vão continuar pagando por uma fonte de energia mais cara [o carvão] [3].De acordo a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), a medida deve ter um custo de R$ 840 milhões por ano para todos os consumidores – em relação ao que seria gasto caso a mesma quantidade de energia fosse contratada de usinas renováveis, como eólicas e solares [4]. Em outubro de 2021 o Governo Bolsonaro foi denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) por sua política ambiental e o tratamento dado aos ativistas desta pauta [veja aqui]. E em novembro de 2021, Bolsonaro criticou a Conferência do Clima (COP-26), principal evento para debater mudanças climáticas da ONU [veja aqui].
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