Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Em conversa com apoiadores, Bolsonaro afirma que Putin é ‘conservador’

Tema(s)
Gênero e orientação sexual, Relações internacionais
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

O presidente da República, Jair Bolsonaro, que, desde o início do mandato, afirmava seu compromisso com uma agenda reacionária [veja aqui] disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, era ‘conservador’ quando perguntado por apoiadores se ele era ‘gente como a gente’ [1]. Putin é contra o casamento gay e apoiou leis que criminalizam a chamada ‘propaganda gay para menores de idade’ [2]. Bolsonaro, que já anunciou a criação de um projeto de lei que combate à ‘ideologia de gênero’ [veja aqui] e, em outras oportunidades, proferiu comentários homofóbicos, insinuando que pessoas LGBTQIA+ vão para o inferno [veja aqui], está com viagem marcada em fevereiro para Moscou que, segundo ele, terá como objetivo a busca por ‘melhores entendimentos’ com o país [3]. Em 2020, a Rússia, junto com a Arábia Saudita e Egito, propôs a exclusão pautas sobre o ‘protagonismo de jovens defensoras de direitos humanos’ e o ‘acesso à informação sobre saúde sexual’ da resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, oportunidade na qual o Brasil não se opôs, confirmando o alinhamento a países mais opressores [veja aqui] [4]. Os países fazem parte dos Brics, grupo de países de economia emergente, sendo, portanto, ‘parceiros econômicos estratégicos’ de acordo com Putin [5]. A visita acontecerá em um momento de aumento de tensões envolvendo a Rússia, os Estados Unidos e países, devido ao risco de invasão da Ucrânia [6]. Dias atrás, o vice-presidente, Hamilton Mourão, no entanto, tinha afirmado que a viagem poderia ser cancelada devido a situação envolvendo a Rússia e a Ucrânia [7].

Leia mais sobre a visita de Bolsonaro à Rússia, como ela é vista pelo mundo e como interfere nas relações com os EUA

27 jan 2022
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