Nas redes sociais, o presidente da República, Jair Bolsonaro, diz que ‘não seria difícil’ acertar um ‘gordinho’ do tamanho do influencer Cauê Moura em uma ‘eventual invasão de propriedade’ [1]. O insulto foi proferido após o influencer publicar um vídeo no qual o presidente aparece tendo dificuldades em utilizar uma arma num clube de tiro [2]. Em resposta, Moura publica outra mensagem na qual, em tom de ironia, questiona: ‘Alguém procurando imóvel em Brasília? Tá disponível o duplex que eu aluguei na mente do presidente’ [3]. Ao conversar com apoiadores em Brasília sobre a visita ao clube, Bolsonaro aproveita a oportunidade para atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que, por ‘coincidência’, atirou no alvo vermelho e que, se eleito, Lula recolherá todas as armas [4]. Não é a primeira vez que Bolsonaro profere comentários gordofóbicos. Em outras ocasiões, ele chamou pejorativamente o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB-MA) de ‘gordo’ e ‘gordinho’, além de perguntar a apoiadores ‘quem é o gordinho ditador aqui do Maranhão?’, referindo-se mais uma vez ao governador Dino [id ref= 5332] [5].
Descubra quais mecanismo jurídicos que podem ser utilizados na defesa dos direitos das pessoas gordas
Atos que trazem como justificativa o enfrentamento da pandemia de covid-19 ou outra emergência. Sob o regime constitucional democrático, atos de emergência devem respeitar a Constituição e proteger os direitos à vida e à saúde. Mesmo assim, por criarem restrições excepcionais ligadas à crise sanitária, requerem controle constante sobre sua necessidade, proporcionalidade e limitação temporal. A longo prazo, demandam atenção para não se transformarem em um 'novo normal' antidemocrático fora do momento de emergência.
Atos que empregam ferramentas da constante reinvenção autoritária. Manifestações autoritárias que convivem com o regime democrático e afetam a democracia como sistema de escolha de representantes legítimos, como dinâmica institucional que protege direitos e garante o pluralismo.