Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro volta a ameaçar STF e pede que ministros ‘não estiquem a corda’

Tema(s)
Conflito de poderes, Economia
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Durante um evento do BTG Pactual com investidores, o presidente Jair Bolsonaro – ao lado de Paulo Guedes, Ministro da Economia, e Ciro Nogueira, Ministro da Casa Civil – critica indiretamente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, em tom de ameaça, afirma que estes não deveriam ‘esticar a corda’ [1]. Esta declaração ocorre logo após uma série de medidas adotadas por ministros do STF e TSE – seguidas de críticas recorrentes do presidente aos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso -, que atingiram políticos e apoiadores do seu governo [2]. Bolsonaro menciona algumas decisões adotadas pelos tribunais e afirma que estas medidas ferem o direito à liberdade de expressão, cita casos como a desmonetização de páginas que veiculam desinformação sobre as urnas eletrônicas e a prisão do deputado federal Daniel Silveira – PSL [3]. Na ocasião, ao se dirigir aos investidores, o presidente questiona-os sobre a possibilidade do retorno do PT e insinua que isso resultaria em fenômenos como a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, volta do imposto sindical, reestatização de empresas públicas que foram privatizadas, interferência nos preços da Petrobrás, fortalecimento do MST, desmilitarização da Polícia Militar, legalização do aborto e das drogas no Brasil [4]. Neste cenário, o presidente afirma que o retorno do PT, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, seria ‘ficar ao lado do abismo’ [5]. O presidente comenta, ainda, que a população não deveria aceitar ‘quem vencer, venceu’ e coloca novamente em dúvida a legitimidade do sistema eleitoral [6] [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui].

Leia mais sobre a relação de Bolsonaro com o poder judiciário, o STF e a relação entre o antipetismo do presidente e suas críticas ao STF

23 fev 2022
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