O presidente da República, Jair Bolsonaro, declara ajuda às áreas atingidas por fortes chuvas em São Paulo, diz que autoridades ‘apresentem suas necessidades e nós faremos todos o possível para atendê-los’, mas nega pedido de ajuda de R$ 471,8 milhões, solicitado pelo governador João Dória [1]. Bolsonaro autoriza que os prefeitos das cidades com mais óbitos realizem uma reunião com os auxiliares federais, sem chamar qualquer representante do alto escalão do estado de São Paulo, o que acirra o embate com Doria [2]. O ministro de Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho, diz que tem ‘certeza que o governador tem essa informação’, referindo-se à forma como Dória deve realizar a solicitação de ajuda, endereçando-a ao suporte ao Orçamento Geral da União (OGU) [3]. O governo federal negou, em 2020, o pedido de recursos para obras antienchentes em áreas que foram afetadas pelas chuvas este ano em São Paulo [4]. Registros de troca de ofícios entre Marcos Penido, da Secretaria Estadual da Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo e Marinho, do MDR, apontam que foi listado pelo secretário o pedido de construção de ao menos cinco reservatórios de detenção e controle de cheias em São Paulo e em resposta o ministério disse que não há recursos disponíveis na OGU [5]. Em relação às chuvas em São Paulo, o presidente Bolsonaro diz que ‘faltou visão de futuro’ e culpabiliza as vítimas [veja aqui].