Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Ministério da Defesa conta com mais orçamento do que Saúde, Educação e Infraestrutura em 2022

Tema(s)
Administração, Orçamento
Medidas de estoque autoritário
Redução de controle e/ou centralização

Ministério da Defesa recebe mais de 20% do valor total, R$ 42,3 bilhões, reservados para investimento em 2022, e o valor investido é mais que o dobro da quantia aplicada na saúde e na educação juntas [1]. O próprio montante reservado para investimento público federal teve uma redução de 63% em relação a 2021, e áreas como transporte, educação e saneamento tiveram queda de 74%, 84% e 93%, respectivamente [2]. Essa distribuição gera críticas de especialistas [3], que alertam que o momento de enfrentamento da pandemia de covid-19 necessita de maiores esforços para áreas que foram impactadas pela crise sanitária [4]. Ainda segundo especialistas, o nível de investimento atual inviabiliza qualquer tipo de expansão dos institutos federais e das universidades [5]. Vale frisar que investimentos maiores na área de defesa, que são voltados a garantir a soberania estatal, preparando as Forças Armadas (FA) [6], não impactam diretamente na segurança pública, que defende a ordem jurídica e os direitos cidadãos, que é área separada situada no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) [7] e que se encontra precarizada, como se pode ver na redução de verba para a pasta nos estados mais populosos, em 2021, [veja aqui]. Na área da educação, o orçamento ao principal fomento de pesquisa no Brasil, o Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tem sido o menor desde o começo do século XXI [veja aqui] e órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pela pós-graduação no país, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPS), também têm sofrido por falta de verba, afetando o repasse a demais instâncias, como os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) [veja aqui] e ter tido altos cortes nas bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado em 2019 [veja aqui], sendo o governo que menos gasta com o MEC desde 2010 [veja aqui]. Mesmo em meio à pandemia, o Brasil não aumentou o investimento na educação [veja aqui], ocorrendo o mesmo com a saúde, onde foi gasto recursos com medicamentos ineficazes no combate ao vírus [veja aqui], ao invés de destinar-se à aquisição de vacinas.

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05 fev 2022
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