O delegado da Polícia Civil paulista, Paulo Bilynskyj, publica uma sequência de ações de treinamento de tiro, em que se refere à manifestação bolsonarista no próximo 07/09 [1]. A comemoração se refere ao bicentenário da independência do Brasil [2]. Nos vídeos, Bilynskyj declara que ‘não podemos deixar a esquerda voltar’, enquanto dispara tiros contra um alvo [3]. O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, informa que a Corregedoria da corporação irá investigar a conduta de Bilynskyj [4]. Em um dos vídeos, a partir da pergunta de um seguidor: ‘o capitão já convocou para irmos às ruas, qual sua opinião sobre um possível ataque?’, responde ‘É fogo’, atirando e se escondendo atrás de um automóvel [5]. Em outro momento, o delegado divulgou uma ameaça ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, mostrando ‘livros recheados’ com armas de fogo, em resposta a uma declaração do petista, segundo a qual clubes de tiro seriam transformados em clubes de leitura. Mostrando revólveres, diz em vídeo ‘Oi, Lula. A gente já começou o clube do livro no TZB, em Goiânia. A gente adora você, cara. Olha que livro bonito’ [6]. O delegado ficou conhecido no caso da morte de sua ex-namorada, quando ela deu 6 tiros em Paulo e depois se matou, sendo ciúmes a alegação do motivo da briga [7]. O bicentenário da Independência, ocasião citada pelo delegado, é marcado por manifestações em apoio a Bolsonaro e por falas antidemocráticas e de apologia à ditadura do presidente [veja aqui] [veja aqui]. Vale lembrar que durante o governo Bolsonaro, o número de armas com registro ultrapassou 1,3 milhão [veja aqui] e dobrou a quantidade de pistolas liberadas pela Polícia Federal (PF) [veja aqui]. Além disso, o próprio presidente já defendeu o uso de armas para preservar a democracia [veja aqui] e disse que ‘se precisar, iremos à guerra pela liberdade’ convocando seus apoiadores [veja aqui].