Segundo apuração desta data, cerca de 1,3 milhão de armas possuem registro vencido no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), controlado pela Polícia Federal (PF) [1]. O armamento irregular na mão de civis é correspondente a 703 mil revólveres, 456 mil espingardas e 213 mil pistolas e a PF não sabe do paradeiro de tais armas [2]. Isso porque o registro tanto pode não ter sido renovado por esquecimento, como também pode significar furto e desvio para o crime, perdendo o paradeiro físico da arma [3]. Quando questionada, a PF não faz declarações [4]. Vale lembrar que, no âmbito das novas normas flexibilizadoras do acesso à armas, o prazo de renovação da licença, passou de 5 anos para 10 anos, com o governo de Jair Bolsonaro (PL) [5]. Além disso, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a posse ilegal de arma de fogo é uma irregularidade apenas administrava e não criminosa [6]. Desde 2019, o Executivo dispõe de uma série de alterações nas legislações sobre armamento, como ampliação da quantidade de pólvora para recarga de munição [veja aqui] e autorizações de importação de armamentos [veja aqui]. Em setembro, Bolsonaro critica decisão do Supremo que coloca obstáculos à agenda pró-armas do governo e revoga decretos presidenciais. Na ocasião, o presidente ameaça a corte e diz ‘Acabando as eleições, a gente resolve a questão dos decretos em uma semana. Todo mundo tem que jogar dentro quatro linhas da Constituição. Encerra por aqui o assunto dos decretos.’ [veja aqui].