Estudo demonstra que, do ano de 2019 para 2020, houve um aumento de quase 360% do desmatamento ocorrido nos entornos da Rodovia BR 163 [1]. As pesquisas também relatam a invasão de terras indígenas e unidades de conservação, as quais foram impulsionadas pela atuação do governo Bolsonaro nas pautas do meio ambiente [2]. Como exemplo, podemos citar a Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo, em Altamira, onde o desmatamento cresceu 558% entre março e abril de 2021 [3]. O ICMBio havia preparado uma operação para a retirada do gado ilegal na região, em maio, porém a operação foi suspensa pelo então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles [4]. Segundo analista de geoprocessamento do Instituto Sócio Ambiente, as invasões são realizadas por quem acredita que algum dia terão as terras invadidas, regularizadas [5]. Em 08/07, o governo Federal realiza a abertura de propostas para a concessão de aproximadamente 1 mil km das rodovias BR 230 e BR 163 [6]. O edital foi contestado por lideranças indígenas e pelo Ministério Público Federal, pela falta de garantias para a mitigação de danos ambientais das obras nas aldeias da região [7]. Em 2020, uma pesquisa do Greenpeace demonstrou que 62% das florestas públicas às margens da BR -163 estão ilegalmente registradas como áreas privadas [8]. O governo Bolsonaro vem atuando ativamente de forma contrária ao meio ambiente: Em 22/05/2020, em vídeo de reunião ministerial, Ricardo Salles, então ministro do Meio Ambiente, sugeriu aprovar reformas infralegais aproveitando a atenção do país à covid-19 [veja aqui]. Em 24/03/2021, relatório demonstrou que leis federais e estaduais estimularam a grilagem de terras e desmatamento na Amazônia [veja aqui]. Em 08/06/2020, o governo Bolsonaro nomeou defensor da Medida Provisória da grilagem para coordenar a câmara ambiental do MPF [veja aqui]. Em 09/09/2020, as políticas ambientais do governo Bolsonaro foram denunciadas por servidores em dossiê [veja aqui].
Leia sobre a atuação do governo federal nas pautas do meio ambiente.