Governo Bolsonaro publica revisão do Plano Nacional de Segurança Pública (PNSP) sem incluir o monitoramento das mortes causadas por policiais [1]. O Plano estipula metas de redução de crimes e de mortes para os próximos dez anos [2]. Segundo o Ministério da Justiça, as mortes decorrentes de intervenção policial serão somadas aos homicídios, mas não terão uma classificação à parte [3]. O documento também deixa de adotar a classificação de feminicídio e trata como ‘mortes violentas de mulheres’ [4]. Diante da omissão, o PSB contesta no Supremo Tribunal Federal (STF) o PNSP [5], pois seria uma ‘ação deliberada para invibilizar’ ‘grandes problemas da segurança pública no Brasil que recaem sobre grupos vulneráveis – as mulheres e a juventude negra e periférica – e que têm se agravado ultimamente’ [6]. Relatório aponta que as ações do governo na segurança pública em 2020 dificultaram os avanços na área [veja aqui], citando aumento no número de homicídios [veja aqui]. Bolsonaro já elogiou a violência policial [veja aqui], como na chacina de Jacarezinho [veja aqui], comparou ‘bandidos’ a baratas e defendeu uma ‘retaguarda jurídica’ para policiais [veja aqui], elogiou policial que mata em serviço [veja aqui], defendeu a excludente de ilicitude para policiais e militares [veja aqui] [veja aqui] e apoiou o pacote anticrime que reitera a legitimação do uso excessivo da força por policiais [veja aqui] [veja aqui]. Além disso, o Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos retirou dados sobre a violência policial registrados pelo Disque 100 do ano de 2019 [veja aqui]. Nos últimos anos, há o crescimento da violência policial e de mortes causadas por agentes da segurança pública [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui] e, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2019, o Brasil atingiu o patamar mais alto desde 2013, quando o número passou a ser monitorado, totalizando 6.357 mortes [veja aqui].