Em documento encaminhado à organização da Cúpula da Democracia, encontro entre líderes de mais de 100 países promovido pelo governo norte-americado, Bolsonaro acusa a mídia tradicional de desinformação e pede liberdade de expressão na internet para vozes de diferentes ideologias [1][2]. De acordo com o texto, a mídia tradicional é responsável por grande parte da desinformação que circula no país e vozes conservadoras e governistas têm sido perseguidas e censuradas por plataformas de internet e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) [3]. Em outras ocasiões, Bolsonaro já criticou a TV Globo e ameaçou não renovar a concessão da emissora após veiculação de matéria sobre a investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco que o mencionou [veja aqui]. Em 2020, ele recriou o Ministério das Comunicações e nomeou Fabio Faria – genro de Silvio Santos, dono do SBT – como ministro [veja aqui]. Em janeiro do ano seguinte, o então chefe da Secom, Fabio Wajngarten, torna-se suspeito de receber dinheiro de emissoras contratadas pelo governo por meio de empresa em que é sócio, o que gera pedido de apuração pela Comissão de Ética Pública da Presidência [veja aqui], arquivado, no entanto, no mês seguinte [veja aqui]. Em junho, a Secretaria de Comunicação privilegiou a liberação de verbas para veículos de comunicação considerados como ‘mídia aliada’ [veja aqui]. Sua gestão foi marcada pela falta de transparência das publicidade do governo [veja aqui], ataque a opositores, como Marcelo Adnet [veja aqui] e Petra Costa [veja aqui], a controversa campanha ‘O Brasil não pode parar’ durante a pandemia [veja aqui] e o monitoramento do comportamento digital dos parlamentares da oposição e da base aliada’ [veja aqui].
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