Desmonte da fiscalização ambiental no governo Bolsonaro contribui para acirramento de conflitos, incentiva atividades ilegais e causa danos irreversíveis à floresta amazônica [1]. De acordo com estudo divulgado nesta data, Governo Federal fornece ao extrativismo ilegal uma força política de projeção nacional [2]. Uma outra publicação já havia apontado que desde 2019, ao menos 125 atos administrativos do Ministério do Meio Ambiente colocaram em risco a política de proteção ambiental [veja aqui] e em dezembro de 2021 foi divulgado que o Brasil tem menor número de autuações por crimes ambientais dos últimos 20 anos [veja aqui]. Além disso, outros ministérios vem atuando no desmonte da fiscalização na Amazônia; como na ocasião em que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, opinou pela flexibilização de regras de licenciamento ambiental para exploração de minérios, o que em tese facilitado o garimpo ilegal [veja aqui]. O pagamento de multas ambientais caiu 93% nos primeiros anos do governo Bolsonaro, se comparado aos anos anteriores [veja aqui] e a falta de fiscalização e omissão do governo vem incentivando o garimpo ilegal na Amazônia [veja aqui]. A negligência do governo federal em relação às políticas de proteção ambiental também afeta povos indígenas, como na situação em que o Povo Yanomami sofreu ataques de garimpeiros por dez dias e não recebeu proteção dos órgãos responsáveis [veja aqui], crianças do povo Yanomami morreram em decorrência da ação de garimpeiros em Terra Indígena [veja aqui]. Nessa data, o presidente Bolsonaro foi denunciado na ONU por ataques sistemáticos contra o meio ambiente e povos indígenas [veja aqui].
Leia sobre o desmonte das políticas ambientais em 2021.