O coronel Rodrigo Rodrigues, comandante-geral da Polícia Militar (PM) de Minas Gerais, libera manifestações contra o governador Romeu Zema (NOVO), com participação de policiais da ativa, para cobrar recomposição salarial [1]. A reivindicação é uma cobrança ao governador que, em 2019, assinou acordo oferecendo reajuste de 41% às forças de segurança, apesar de aplicar apenas 13%, vetando o restante da porcentagem [2]. Policiais civis e agentes penitenciários também participam da manifestação, que conta com bombas e foguetes lançados na Praça da Estação, região central da capital, onde houve a concentração do protesto [3]. Em nota do comando, o coronel diz que ‘trata-se de um evento legítimo, inclusive com a participação de quem ombreia na ativa ou ombreou o bom combate e estabeleceu alicerces para estarmos onde estamos’ [4]. Segundo a Constituição Federal e o regulamento das Forças Armadas, protestos contra superiores são vedados pela lei a policiais e bombeiros, podendo configurar motim [5]. Em junho de 2021, o presidente Bolsonaro editou decreto que viabiliza militares da ativa em cargos do governo, indo contra o Estatuto dos Militares, que prevê mudança de ativa para reserva após dois anos de exercício em emprego público [veja aqui]. A soma de militares da ativa e da reserva, se comparado com 2018, cresceu em 123% na ocupação de cargos da administração pública [veja aqui].