O presidente da República, Jair Bolsonaro, não envia represente brasileiro à posse de Xiomara Castro, presidente eleita de Honduras, candidata do partido de esquerda ‘Libertad y Refundación’ [1]. Em outras eleições de candidatos que não compartilha de sua posição política, Bolsonaro já decidiu não enviar representante, como no Chile, que teve vitória de Gabriel Boric da coalizão ‘Aprovo Dignidade’ [veja aqui]. Bolsonaro também adotou postura de não reconhecimento ao presidente da Argentina e político de esquerda, Alberto Fernandéz, sendo a primeira vez, desde a redemocratização, que um presidente brasileiro não compareceu à posse presidencial neste país vizinho [2]. A vitória de Fernandéz na Argentina já foi criticada pelo presidente do Brasil em outros momentos, como quando declarou que o processo que o elegeu colocaria em risco o futuro da Mercosul, Bolsonaro, ainda, afirmou que se mobilizaria para sua exclusão do bloco [veja aqui]. As críticas e o não reconhecimento de governos contrários às suas ideologia sistemas políticos de esquerda é uma retórica contínua em seu governo, tema inclusive abordado pelo presidente em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas [veja aqui].