Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Comandante do Exército determina que militares não coíbam atos antidemocráticos em frente a quartéis

Tema(s)
Conflito de poderes, Eleições
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

O comandante do Exército, general Freire Gomes, determina que batalhões não reprimam manifestações antidemocráticas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que acampam em frente a quartéis desde o fim do segundo turno [1]. Os manifestantes protestam pedindo a interferência das Forças Armadas no resultado eleitoral, inclusive com golpe militar [2]. Segundo comandantes do Exército, estes atos antidemocráticos seriam constitucionais e, por isso, não deveriam ser coibidos pela caserna [3]. No dia seguinte, as Forças Armadas lança nota conjunta nesta sexta-feira (11), assinada pelos comandantes de Marinha, Exército e Aeronáutica, na qual não condenam os protesto, embora afirmem que a solução de eventuais controvérsias ocorra dentro do Estado Democrático de Direito [4]. Na nota, os comandantes condenam ‘eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos’, além de ‘eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade’ [5]. Vale lembrar que o presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições e preferência política dos manifestantes, demorou mais de 24 horas para reconhecer o resultado do pleito [veja aqui][veja aqui][veja aqui][veja aqui], chegando a ameaçar fazer uso das Forças Armadas [veja aqui].

Leia mais sobre a relação entre os atos de Bolsonaro e as manifestações antidemocráticas

10 nov 2022
Mês Filtros