O ministro da Educação, Abraham Weintraub, participa de ato de apoio ao presidente Jair Bolsonaro em frente ao Quartel General do Exército em Brasília [1]. Sem máscara, violação que enseja multa no DF, o ministro aborda diversos temas, afirmando não querer mais ‘sociólogo, antropológo e filósofo’ com recursos vindos de ‘impostos’ [2] – vale lembrar que o governo federal já realizou medidas contra as ciências humanas, como corte de bolsas de iniciação científica da área [veja aqui]. Ainda, quando um de seus interlocutores fala sobre ‘corruptos’, Weintraub responde que já teria falado ‘o que faria com esses vagabundos’ [3], termo que utilizou para falar de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em reunião ministerial [veja aqui]. Ministros da corte interpretam a frase como uma afronta, o que teria colocado o cargo de Weintraub em xeque [4]. Em 15/06, Bolsonaro afirma que o ministro não teria sido ‘muito prudente’ [5]. Ainda nesta data, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) requer ao STF a prisão do ministro e seu afastamento da pasta, com base no seu comparecimento ao ato [6], nas declarações sobre os ministros da corte [veja aqui] e em falas consideradas xenófobas sobre chineses [veja aqui]. Em 17/06, o ministro é exonerado do cargo .